terça-feira, junho 09, 2015

Item de Utilidade Pública


sexta-feira, junho 14, 2013

[Carta ao Presidente do PT em resposta a mensagem da mala direta do PT, que não sei como conseguiu meu endereço de email, sobre os avanços da campanha pela Reforma Política]

Caros Rui Falcão e Alberto Cantalice,

Não sou militante "orgânico" do PT, mas por falta de melhor opção,  ao jogar o jogo da ordem democrática,  costumo votar no PT nas eleições majoritárias. Embora me considere socialista, não acho que nenhuma das propostas vanguardistas de partido que temos por aí no Brasil contemplem minhas convicções revolucionárias. Exatamente por isso tenho apoiado os governos do Lula e da Dilma, que mesmo sem romper com a ordem capitalista, têm tido um impacto na superação de desigualdades históricas.

Dito isso, é meu dever reconhecer que infelizmente o Partido dos Trabalhadores demonstrou nas últimas semanas uma incapacidade aguda de perceber que a história está se movimentando para um lado e o partido para o outro. Eu poderia mencionar os graves equívocos com relação à questão indígena, mas a incapacidade do atual governo federal em lidar com essa questão social não resultou em declarações de figuras públicas ligadas ao partido. Sei, contudo, que posso estar enganado, já que a Ministra Gleisi Hoffman tem sido notória em gafes desse tipo também, mas me parece que nesse caso ela tem feito tudo muito bem escondido em reuniões com a bancada ruralista.

Considero desastrosas do ponto de vista da história desse partido as declarações do atual prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, e do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, caracterizando como violentos os movimentos populares de reivindicação por transporte publico mais barato na cidade de São Paulo. Eu espero isso na boca de um Geraldo Alckmin ou de Um Fernando Henrique Cardoso. Eu espero isso de qualquer um dos inúmeros filhotes do Arena, do DEM ao PSD. Me acostumei, aliás, a escutar isso vindo do novo grande aliado do PT no governo federal, Gilberto Kassab.

O capital político que este partido tem não pode e não deve ser queimado como se fosse um palito de fósforo. Mas é exatamente isso que foi feito pelo ministro da justiça e pelo prefeito de São Paulo ao endossarem anteontem, ontem e hoje de manhã o discurso da manutenção da ordem a qualquer custo do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Em primeiro lugar porque é um endosso ou hipócrita ou cínico. É de conhecimento de qualquer pessoa minimamente esclarecida que o maior problema da gestão do transporte público no Brasil é que este foi apropriado por um conjunto de empresas fantasmas de atuação nacional, que os altos valores de passagem são resultado do poder que esse cartel mafioso tem sobre os políticos, de qualquer partido, por causa de sua atuação como financiadores de campanha. Quando o prefeito de São Paulo diz que as tarifas estão abaixo da inflação, ele me chama de idiota, porque há estudos que mostram o quanto a força desse cartel fez as tarifas subirem por anos acima da inflação, principalmente na gestão de nosso mais novo aliado, o Kassab. Quando o Ministro da Justiça se propõe a oferecer apoio de inteligência da Polícia Federal ao Estado de São Paulo para investigar manifestantes legítimos, em lugar de usar essa mesma Polícia Federal para investigar e autuar os comandantes da Máfia do Transporte, ele me chama de imbecil. Em segundo lugar porque depõe contra a história desse partido, como um partido que surgiu da necessidade de inúmeros movimentos populares e sindicais de se organizar e engajar na luta partidária no início dos anos 80. Faltou bom senso aos dois? Ou foram os acordos da eleição passada e os da futura que falaram mais alto a Haddad e Cardozo? Foi mesmo necessário esperar pelo resultado da ação da Polícia Militar sobre os manifestantes chegasse à desproporção que chegou para que esses dois importantes representantes do partido entendessem o erro de suas declarações? Entenderam? Foi mesmo necessário se esconder quando essa polícia educada para calar a democracia arrebentou jornalistas que estavam lá incialmente, pasmem, para publicar a versão da PM? Parece que só agora, no entardecer dessa sexta feira dia 14 de junho os dois estão percebendo o erro que cometeram de apoiar o governador Geraldo Alckmin na repressão a um movimento reivindicatório legítimo.

Não posso considerar isso um erro de pessoas inocentes. Quem conhece a Polícia Militar brasileira, mas especialmente a paulista, sabe que essa corporação não é treinada para servir e proteger. Ela é treinada para reprimir, desde os anos do regime militar. E nada, mas nada mudou em sua prática. Nada mudou na sua formação. O que o Ministro da Justiça e o prefeito de São Paulo pensavam que iria acontecer? Foi um erro derivado da escolha ideológica e política pelos financiadores das campanhas. Foi um erro ligado à escolha política pela mentalidade da Ordem, muito ao gosto dos interesses eleitorais no Estado de São Paulo, mas refratária às manifestações políticas populares. Quando assim erram, figuras oriundas do PT aceitam e reafirmam a acusação de que no Brasil não há mais direita nem esquerda. Incomodo-me menos com figuras da direita falando esse tipo de bobagem, mas me incomodo muito com figura da esquerda transformando essa bobagem em realidade por meio de suas ações. Esquerda e direita continuam existindo, e no que diz respeito à questão do transporte público a direita está ligada ao cartel capitalista que extorque a população brasileira há anos. O PT, por meio de seu atual ministro da justiça e do prefeito da cidade de São Paulo, está desse lado.

Eu estou do outro.

Uiran Gebara da Silva

sexta-feira, setembro 16, 2011

Dialética da Natureza

Minha homenagem à maior piada feita por Friederich Engels, que os cientistas soviéticos nunca entenderam

domingo, agosto 14, 2011

O que nos ensina Jesus Maneiro




A ideia é do Douglas

sábado, fevereiro 05, 2011

MENSAGEM AOS SEMI-CIDADÃOS DO TUCANISTÃO

CARTA ABERTA AO SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Caro Secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald

Meu nome é Pedro Ramos de Toledo e quero aproveitar este espaço para externar meu profundo desagrado para com a posição do Governo do Estado referente aos professores obesos aprovados em concurso da Rede Estadual de Ensino. Após um ano e meio de processo seletivo, no qual fomos submetidos a duas provas eliminatórias e um curso de formação com avaliações semanais, nos vemos proibidos, de forma grotescamente impessoal, de exercer a profissão de professores, um sonho para muitos de nós.

Sou obeso e como muitos outros que sofrem da mesma condição, também fui considerado incapaz de exercer a profissão de professor. A pessoa obesa sofre cotidianamente com a discriminação social. Somos considerados feios, preguiçosos e mal-ajambrados. Não raro o obeso é motivo de piadas ao tentar passar por uma catraca ou uma porta giratória, ou mesmo vítima de hostilidade ao ser obrigado a se esgueirar no meio da multidão em estabelecimentos e transportes públicos lotados. Estamos sujeitos a conviver diariamente com troças, forma debochada de desprezo e, diferentemente de outras “minorias”, nos encontramos em condição especialmente vulnerável, pois não contamos com entidades de defesa de nossos direitos humanos ou campanhas de conscientização contra o preconceito.

Se o quadro já não é desolador, o Poder Público do Estado de São Paulo, na contramão das políticas inclusivas que alicerçam a luta dos Direitos Civis em nosso país, decide limitar a cidadania de todo um grupo social, tornando-nos, aos olhos do mundo, cidadãos de segunda classe. A exclusão de obesos no processo seletivo da DPMESP é uma afirmação categórica de concordância com todos os estereótipos preconceituosos com os quais os obesos são estigmatizados. Legalizou-se a discriminação.

Caro secretário, até o momento as desculpas dadas pelo poder público são pífias. Afirmar que tais laudos se sustentam exclusivamente em critérios médicos é de uma pobreza intelectual atroz. Foucault já chamou a atenção para o papel disciplinador e coercitivo dos discursos “científicos”, que foram seguidas vezes utilizados como “fatos irrefutáveis” para justificar as mais diversas atrocidades. Hoje o “Gordo” é a bola da vez. Mas, não faz muito tempo, os mesmos médicos e cientistas diziam - amparados por dezenas de “pesquisas sérias e quadros estatísticos” acima de qualquer suspeita - que os negros, índios e povos mestiços eram geneticamente inferiores aos povos nórdicos. Tal afirmação tornou-se um regime de verdade que sustentou pavorosas políticas de embranquecimento e deu fôlego para doutrinas eugenistas por todo o mundo. Sob a máscara da neutralidade científica, regimes de verdades essencialmente reacionários podem se infiltrar nos aparatos coercitivos da sociedade e justificar práticas abertamente preconceituosas. O que ocorre agora é exatamente o caso.

Diversos obesos têm relatado situações de constrangimentos e humilhações durante a perícia médica: Uma professora, ao ser avisada que reprovaria no exame, já sob forte tensão, foi obrigada a ouvir um sermão sobre “como ela estava deformando o seu corpo”; outra, após explicar que engordou ao ter dado a luz ao seu primeiro filho, ouviu como resposta que “ela comia como se ainda estivesse grávida”. Eu mesmo fui obrigado a ouvir que “ninguém quer um funcionário balofo como você”. Este é o nível dos profissionais que nos vem julgando. Subterrâneo.

Não faço aqui uma apologia da obesidade, Secretário. Sei dos riscos à saúde que a obesidade traz, bem como do desconforto que vive o obeso. No entanto é lamentável que minha capacidade profissional seja sumariamente desqualificada por ser “balofo”. É humilhante ser tratado como um incapaz. É alvitante ser vítima de preconceito. A Secretaria perdeu uma excelente oportunidade de começar a mapear, através do departamento de perícia, servidores com problemas de peso para oferecer-lhes oportunidades de tratamento e, ao invés, empunhou insensivelmente a navalha da exclusão. Este episódio grotesco mostra como um regime de verdade científico pode agir como ferramenta de opressão e preconceito. Mais uma bola fora a figurar entre incontáveis medidas que caracterizam a péssima relação entre a atual administração e a Educação.

Mesmo o discurso que parte do ponto da administração é patético. Ainda que seja do interesse público vetar pessoas obesas de ingressarem no funcionalismo estadual para não assumir riscos de afastamentos e custeio de futuros e necessários tratamentos para os professores admitidos, tal interesse também deveria abarcar fumantes, idosos, pessoas estrábicas, hipertensos, anoréxicos, soropositivos, portadores de necessidades especiais, etc. Poderíamos extrapolar e estender tal restrição às mulheres em idade fértil, que estão sujeitas à maternidade e conseqüente licença. De um universo de grupos de risco, as pessoas obesas foram selecionadas arbitrariamente, sem qualquer lei ou resolução que fundamente juridicamente tal seleção. Novamente, discriminação.

Sou obeso. E sou plenamente capaz de exercer a profissão de professor. Minha formação acadêmica provém de uma das mais conceituadas Instituições de Ensino Superior do país e, posso garantir-lhe, é absolutamente sólida. Tenho a dedicação necessária para lecionar, a ponto de superar um concurso público longo e estressante e uma carreira há muito desvalorizada; tenho a vontade necessária, a ponto de abandonar um emprego estável que me paga o dobro do que receberei na rede; Tenho a convicção que a carreira do magistério é a mais nobre de todas as profissões e de que será, não nos tribunais ou nas salas atapetadas dos gabinetes e escritórios, mas nas salas de aula espalhadas pelos rincões deste país que transformaremos nossa nação na potência tão sonhada pelas gerações que nos antecederam. Não pense por um único momento que exista qualquer alternativa de desenvolvimento que passe ao largo dos professores. Não há.

Caro Secretário, é um fato que sou obeso. No entanto antes disso sou um brasileiro que ama sua terra e que quer fazer sua parte. Parem de atrapalhar e se afastem. Gordos ou magros, nós professores temos muito que fazer. Temos um país inteiro para construir.

Grato por sua atenção,

Pedro Ramos de Toledo, 34

Professor de História nomeado para a Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo e Obeso.


sábado, novembro 13, 2010

Alan Moore e a Ciência Política

Não entendeu porque Watchmen é a obra suprema dos Quadrinhos (e também dos filmes) de Super-Herói?
Norberto Bobbio explica:

A própria figura do edifício [o Panopticon de Bentham] - no alto o vigilante sobre a torre, embaixo o vigiado na cela - suscita, enfim, ainda uma outra questão, que é a questão que os escritores políticos de todos os tempos, a começar de Platão, puseram como questão última de toda teoria do Estado: Quem vigia os vigilantes? Quis custodiet custodes? A resposta habitual consiste em pressupor um vigilante superior, até que se chegue necessariamente (pois nas coisas práticas está proibido o recurso ao processo infinito) ao vigilante que não é vigiado porque não há mais nenhum vigilante superior acima dele. Mas quem é este vigilante não-vigiado? A questão é tão importante que as diversas doutrinas políticas podem ser classificadas com base na resposta que deram: Deus, o herói fundador de Estados (Hegel), o mais forte, o partido revolucionário que conquistou o poder, o povo entendido como a inteira coletividade que se exprime através do voto.

O Futuro da Democracia. São Paulo: Paz e Terra, p. 112-113.

sábado, novembro 06, 2010

Bom, não só ela


Tenho sistematicamente repetido que a classe média é fascista. E a classe média, não só a paulista, mas também a brasileira como um todo, não cansa de me mostrar correto em meus julgamentos.

Eu não acho que devam processar a tal da menina como racista. Bom, não só ela. Ela é só uma dos inumeráveis energúmenos que responderam aos apelos da campanha do Serra. Que identificaram-se com a produção e a reprodução cotidiana desse discurso pela Vadia Platinada. Acho que devem ser penalizados todos os energúmenos que confundiram direito de opinião individual com recusa da humanidade dos outros. Acho que o todo mundo no DEM e no PSDB, o Ali Kamel, o William Wack, Guilherme Ereção, o Renato Adega Machado, Jozé Nêumane Cacete, Otavinho Ditabunda Frias Filho e o resto. A corja toda deveria ser posta na cadeia por serem os centros produtores do discurso reproduzido e reelaborado no tuiter pela ignorante expiatória.

Ela não está sozinha, há muitos outros fazendo a mesma coisa que ela, todos os dias, mas usando meios de comunicação públicos, alguns que exigem concessão pública. Esses são os que tem mais reponsabilidade, criminal inclusive. São eles que passaram oito anos alimentando essa nova modalidade de ódio de classe média contra pessoas que consideram nascidas para fazer trabalhos manuais e viver no subemprego.

O caso dessa ignorante deveria ser transformado numa oportunidade para penalizar estes que não são nada ignorantes do fomento que fazem do ódio de classe (aliás, também do ódio racial, de gênero, de orientação sexual, porque eles são eficientes)

terça-feira, outubro 19, 2010

Evitando um título com letra do Caetano Veloso

Meu lado subversivo não vê problema nenhum em que, dentre as inúmeras ações ordeiras que tomo na vida, uma delas seja votar - uma ação absolutamente ordeira - num partido da ordem.

Tem coisa mais dentro da ordem que eleições? O máximo de anti-ordem que dá para ser nas eleições é fazer boca de urna. Ou forjar votos. Ainda não decidi se roubar nas eleições é anti ordem ou dentro da ordem.
Mas votar, seja lá em o que for é uma ação afirmadora da ordem. Pode ser nulo, pode ser no palhaço, pode ser até mesmo no velho punk católico, quando você aperta os botõezinhos (mesmo o branquinho ou candidato inexistente), depois de ter assinado o nomezinho, você está dizendo: eu concordo com este ordenamento social.

Sua vida pode estar cheia de atitudes e ações genuinamente subversivas:
Você pode até ter jogado merda no ventilador da sala do diretor.
Pode ter jogado war até de madrugada
Pode ter fumado um banz na cozinha da sua tia.
Pode ter feito sexo antes do casamento.
Pode ter invadido a reitoria.
Pode ter feito sexo na reitoria. De galera.
Trabalhou em cursinhos populares clandestinos.
Faz parte de movimentos de reivindicação de seja lá o que for.
Milita no sindicato que não é pelêgo.
Pode ter levado borrachada da polícia em uma das N greves da Apeoesp.
Pode ter sido demitido porque fez greve.

Pode até ter contado piada em funeral, sobre o morto!

Mas também eu sei que você faz uma série de coisas que reafirmam a Ordem. E, me desculpe a repetição, votar é uma delas. Todas as coisas que eu mencionei acima tem mais potencial revolucionário do que as eleições.
Por que fora da ordem só são os partidos clandestinos em regimes de exceção.

Aliás, alguns subversivos deveriam aproveitar certas revoluções dentro da ordem, tipo quase 60 milhões de pessoas fora da miséria, como oportunidade para a construção de uma visão de mundo anti-propriedade, anti-exploração e anti-dominação a longo prazo, em vez de chamá-las de reformismo e cooptação.

segunda-feira, outubro 18, 2010

A misoginia, a ordem democrática burguesa e a kombi

A primeira impressão é que é uma regressão do discurso e da prática política. Impressiona o emprego de misoginia na campanha à presidência: seja na ideia da mulher poste, seja na sua caracterização (oposta e contraditória) como mulé-macho, seja na instrumentalização da calúnia sobre o aborto. A tática da direita brasileira da regressão a um discurso político pré-liberal, ou mais precisamente, de extrema-direita devidamente acompanhada das milícias no bairro de Jardins, tem tudo a ver com as baixas expectativas da nossa esquerda. E aqui quero dizer esquerda de maneira ampla, quem quer uma sociedade igualitária de alguma forma, não a kombi de socialistas, em partido ou não, que acha que só quem está nela é de esquerda.

Estas baixas expectativas, das quais o governo Lula, creio, seja mais efeito do que causa, podem ser resumidas na nossa alegria de ver que nos últimos 8 anos, finalmente, consolidou-se a ordem democrática burguesa brasileira. Para quem achava que aqui só autocracia e porrada faziam o Capital acumular, ver um pacto-social-democrata em funcionamento é de fato uma mudança de grande fôlego.

Mas aí é que entra a relação das baixas expectativas com o arsenal sexista contra a Dilma: nem na Europa, nem nos EUA, nossos "modelos" de modernização burguesa democrática, a "modernidade" encerrou as superações nunca superadas. E como nossas expectativas são baixas, a direita não vê problema nenhum em tentar rebaixar ainda mais: tentar levar a política brasileira de volta para os anos 50-70. Se o liberalismo europeu está em franca regressão, o que dizer do cripto-centro (Direita!!!) da política brasileira? Um conjunto de agentes operadores do Estado em nome do lucro privado que nunca progrediram para poder regredir, já que sua consciência não chega nem a ser de classe, é uma consciência estamental!

Por isso não acredito que sejam regressões, acho que são habilitações de discursos e práticas vivíssimos no dia-a-dia, lado a lado com o preconceito contra tudo o que é de baixo (pobre, negro, mulher, bicha, e o resto). Está vivíssimo porque a realidade reproduzida no cotidiano está baseada em inúmeras desigualdades na divisão social do trabalho e da propriedade que prefere como personificações da acumulação de capital homens, brancos, heterossexuais (embora, depois dos anos 60 tenha aberto algumas poucas exceções). Falta politização ampla para combater isso, não no sentido que a kombi socialista diria, mas politização no sentido que Paulo Freire diria. Uma politização no cotidiano, não na reunião de formação do partido. E nisso, o sarcasmo espertinho e "jovem" da kombi não tem ajudado em nada.

Um sarcasmo cebrapista de esquerda, cínico (1), que encara com o horror a possibilidade da democracia burguesa ter se consolidado no Brasil e chama uma típica hegemonia social-democrata de hegemonia às avessas. Nas típicas hegemonias social-democratas, e também nas liberais, estas questões não foram superadas. Aqui, o arsenal da direita tem usado não só o "ponha-se no seu lugar, mulher" contra a Dilma, mas a homofobia, o rebaixamento da opinião do pobre, racismo e tudo o mais que chamei de "resto". E isso não está aí porque a Dilma foi apresentada como mãe dos pobres, está aí no cotidiano e uma presidente mulher seja mãe ou avó do povo, seja sapatão ou o caralho, é uma porrada nisso em algum nivel.

Na minha opinião, com toda a acumulação de capital, multinacionais brasileiras, intensificação da exploração do meio ambiente, UPPs e fundações operadas por sindicalistas velhos que vieram junto com o PT no Governo, o patamar para pensar socialismo no Brasil e no mundo hoje é outro. Era muito mais difícil projetar o socialismo quando o governo estava acertando um mercado livre com os EUA.

Mas não basta, né? Precisa retomar o projeto de uma sociedade igualitária, mas para isso, não acho que seja em cima do cinismo cebrapista e de leituras apressadas do 18 Brumário. É com crítica e pressão política pela esquerda, mas não com sectarismo picareta que usa o mesmo discurso que a direita.

(1)Nota de rodapé leninista-gramsciana cheia de insultos obrigatória: um cinismo que não quer ver que o Governo Lula, com todos os seus defeitos, é resultado da organização de um partido de trabalhadores de massa. Não adianta lavar as mãozinhas, chamar de traidor, que a culpa é do Zé Dirceu e fingir que não conhece mais para fundar outro partido 100% ético. E "jovem".

sexta-feira, outubro 08, 2010

Para os 50,63% de palhaços em São Paulo

CORRUPÇÃO TUCANA

Bloqueando as investigações do MP

• De 1998 a 2009, mais de 3 mil contratos julgados irregulares pelo TCE foram arquivados na Assembléia Legislativa pela base governista, não sendo enviados ao Ministério Público do Estado, que deveria processar os envolvidos e recuperar os recursos para os cofres públicos.

• A maior parte destes recursos já não pode mais ser recuperada devido ao “engavetamento” das apurações. O valor total destes contratos irregulares chega a R$ 13,5 bilhões. Grande parte destes contratos irregulares foram firmados através da CDHU, do DER e da DERSA, empresas estaduais.

• Diversas empresas privadas que firmaram contratos irregulares com o Estado financiaram as campanhas de Geraldo Alckmin ao governo paulista e a presidência de Republica. Estes contratos chegavam a aproximadamente R$ 800 milhões.

Na CDHU, especialmente nas gestões Goro Hama, Emanuel Fernandes e Barjas Negri, encontramos 631 contratos irregulares, no valor total de R$ 5,6 bilhões. No DER, são 274 contratos irregulares, no valor total de R$ 2,4 bilhões. No DERSA, foram 67 contratos, no valor de R$ 1,65 bilhão. No Metrô, foram 113 contratos irregulares no valor total de R$ 1,23 bilhão.

Caso Alstom:

• O grupo Alstom é uma empresa multinacional francesa que fornece trens, material ferroviário e equipamentos para sistemas de energia (turbinas);

• O grupo Alstom tem 237 contratos com o governo paulista de 1989 a 2009, no valor total de R$ 10,6 bilhões.

• O Ministério Público da Suíça descobriu o pagamento de propinas do grupo Alstom para funcionários públicos do Governo Paulista.

• O percentual médio da propina era de 8% sobre o valor dos contratos. Isso representa algo em torno de R$ 848 milhões.

• Esses pagamentos foram para “comprar” licitações e prolongar contratos de forma irregular, muitos por mais de 20 anos.

• Principais envolvidos:

Jorge Fagali Neto: ex- secretário de Transporte do governo paulista e irmão do atual presidente do METRÔ no governo Serra. O Ministério Público suíço bloqueou uma de suas contas no exterior no valor de US$ 7,5 milhões;

Robson Marinho: ex- chefe da Casa Civil do governo Covas e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo;

Luiz Carlos Frayze David: ex-presidente do METRÔ de SP, foi um dos acusados pelo acidente na linha 4 do Metrô. É conselheiro da DERSA, responsável pelo “rouboanel”. Na sua gestão no DER e no METRÔ, acumulou contratos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas no valor de R$ 510 milhões;

Benedito Dantas Chiarardia: ex-diretor da DERSA. Envolvido em vários contratos irregulares na CPTM e outras secretarias no valor de R$ 325 milhões;

Tião Faria: ex- secretário particular de Mário Covas e ex-vereador pelo PSDB na cidade de São Paulo;

José Luiz Alquéres: ex- presidente da Alstom. Preside atualmente a Light do Rio de Janeiro;

José Sidnei Colombo Martini: presidente da CTEEP (Companhia Paulista de Transmissão de Energia Elétrica), antes e depois da privatização.

Caso Siemens

• A Siemens é uma empresa multinacional alemã que, entre outras atividades, fabrica e reforma trens e outros equipamentos.

• Esta empresa firmou 122 contratos com o governo do Estado de SP, no valor total de R$ 3 bilhões, durante o período 1995 a 2003.

• Neste período, a Siemens também pagou propinas aos governos Covas e Alckmin, atuando junto com o grupo Alstom.

• O principal contrato se refere a linha da CPTM entre Capão Redondo e Largo Treze, construída entre 2001 e 2005. O valor da obra foi de quase R$ 1 bilhão, recebido pelo consórcio formado pela Alstom e pela Siemens. O valor da propina paga chegou a R$ 80 milhões (8% do valor da obra). O MP Estadual e Federal possui cópia dos contratos entre as operadoras no Uruguai que intermediavam o pagamento da propina para os gestores públicos.

• Estes pagamentos foram realizados através das operadoras Leraway Consulting S/A (Procint projetos e consultoria internacional) e Gantown Consulting S/A (Constech Assessoria e Consultoria Internacional Ltda).

• Essas empresas doaram para a campanha de Alckmin e acompanharam a licitação da Parceria Público Privada da Linha 4 do Metrô de SP.

Caso UNIEMP

• O Instituto Uniemp é uma ONG formada pelo ex-reitor da Unicamp Carlos Vogt, atual secretário estadual de Ensino Superior no governo Serra. Essa entidade é mais uma entre vários institutos e fundações que se valem do renome da universidade pública para receber enorme quantidade de recursos públicos.

• De 2001 a 2006 essa entidade firmou diversos contratos sem licitação com o Governo do Estado de SP, no valor total de R$ 90 milhões de reais (valor corrigido) . Quase todas as secretárias de governo contrataram a UNIEMP por dispensa de licitação.

• A Uniemp é o que poderíamos chamar de “superong”, realizando desde serviços de “clipping” para a imprensa oficial do estado até o gerenciamento da construção da fábrica da FURP em Américo Brasiliense.

• O Ministério Público de SP está investigando esta avalanche de contratos com dispensa de licitação.

• Principais envolvidos:

Sérgio Kobayashi: ex-diretor da Imprensa Oficial do Estado e da FDE (Fundação Estadual para o Desenvolvimento da Educação), no governo Alckmin. Quando secretário de comunicação no governo Serra na prefeitura de SP, contratou o Instituto UNIMEP por R$ 1,5 milhão. Sérgio Kobayashi, enquanto presidente da FDE, enviou carta ao presidente desta ONG chamando-o de “meu amigo”. Sergio Kobayashi tem ONG própria - o IPK/Instituto Paulo Kobayashi -, cuja inauguração teve a participação do então prefeito José Serra. Esta ONG recebeu mais de R$ 400 mil do governo do Estado e da Prefeitura de SP nos últimos dois anos. Sérgio Kobayashi torna-se, posteriormente, um dos coordenadores da campanha de Kassab e Serra. Esta situação revela que o governo de SP tornou-se, sob a égide do PSDB, um governo de amigos.

Berenice Giannella: ex-presidente da Funap e atual dirigente da Febem/CASA, realizando contratos sem licitação com a ONG.

Waldir Catanzaro: ex-dirigente do DERSA e diretor financeiro da Uniemp, teve processos julgados irregulares pelo TCE durante a sua gestão. Possui várias empresas “de fachada”.

Caso Nossa Caixa

• Durante o governo Alckmin (entre 2003 e 2005), o banco estadual Nossa Caixa efetuou gastos com agências de publicidade no valor de R$ 45 milhões sem que os contratos estivessem assinados.Em valores atualizados, estas despesas sem contrato chegam a R$ 90 milhões.

• Mais ainda, denúncias apontaram que deputados da base aliada do governo tucano teriam sido beneficiados na distribuição de recursos para publicidade da Nossa Caixa.

• O Ministério Público Paulista apresentou denúncia e restituição aos cofres públicos de R$ 148 milhões (através de ação distribuída à 12ª. Vara da Fazenda Pública) .

• Principais envolvidos:

Valdery Frota de Albuquerque: presidente do banco Nossa Caixa à época dos fatos;

Waldin Rosa de Lima: assessor informal da presidência;

Carlos Eduardo da Silva Monteiro: ex-diretor jurídico e ex-presidente;

Jaime de Castro Junior: ex-gerente de marketing do banco;

empresas de propaganda: Full Jazz Comunicação e Propaganda Ltda., Colucci & Associados Propaganda Ltda.

Caso Nossa Caixa Seguros e Previdência.

• A justiça paulista investiga tráfego de influências de Ruy Martins Altenfelder na venda do patrimônio público da Nossa Caixa Seguros e Previdência para a empresa privada Mapfre Vera Cruz Seguros.

• Ruy Altenfelder foi ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo Alckmin e membro do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (PED) ao mesmo tempo em que era membro do Conselho de Administração da Mapfre Vera Cruz Seguradora.

• Um documento assinado por Wilson Toneto, diretor da empresa, confirma o vínculo de Ruy Martins Altenfelder.

• De forma suspeita, foi esta empresa espanhola que adquiriu a subsidiária Nossa Caixa Seguros e Previdência, em um leilão ocorrido em maio de 2005.

Caso Detran de SP

• Esquema de desvio de recursos do DETRAN de SP chega a R$ 40 milhões durante os governos Alckmin e Serra, segundo o jornal ‘O Estado de SP”.

• As empresas Cordeiro Lopez e Centersystem são denunciadas por superfaturar o preço do emplacamento de carros em até 200%, além de serem controladas por ‘laranjas’. Esta denúncia se soma à de fraude na emissão de carteira de motoristas.

Caso Máfia dos Parasitas

• A Máfia dos parasitas, investigada pelo Ministério Público, superfaturava compras em remédios e outros equipamentos da Saúde.

• Os contratos ultrapassaram R$ 116 milhões, entre 2001 e 2009.

• Esta máfia só começou a ser investigada recentemente, uma vez que uma das empresas envolvidas, a Halex Istar, pertencia à família do senador de Goiás Marcondes Perillo, do PSDB, hoje candidato ao governo goiano.

• Alexandre Bonfim Faria Santos e Leopoldo Soares Piegas, diretor do Hospital Dante Pazzanesi, na cidade de SP, além da sua esposa, Rosângela Lurbe, estariam favorecendo a Unihealth Logística Hospitalar, empresa de Rosângela, que também é candidata a deputada. Esta empresa embalava remédios e foi acusada de desviá-los para vender no mercado negro.

• A Pronto Express, contratada para a distribuição de material hospitalar na prefeitura de São Paulo, na Gestão Serra e Kassab, também faria parte deste esquema e teria ACM Jr. como sócio oculto.

Caso IDELT.

• O IDELT (Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente) é uma ONG que possui dezenas de contratos com o governo do Estado e prefeituras tucanas, atuando em diversas áreas de prestação de serviços, firmando contratos com dispensa de licitação.

• Suspeitas de favorecimento na contratação de serviços da entidade com dispensa de licitação fizeram com que o Ministério Público de SP, através da Promotoria de Justiça e Cidadania, abrisse investigações sobre os contratos firmados pelo governo do Estado e Prefeituras com o IDELT.

• Principais envolvidos:

Os sócios fundadores do IDELT são:

Alberto Goldman: vice-governador de Serra e atual governador de São Paulo;

Tomás de Aquino Nogueira Neto: atual presidente da DERSA;

Frederico Bussinger: ex-secretário municipal de transporte na capital na gestão Serra e atual presidente da Companhia Docas de São Sebastião;

Vera Bussinger: esposa de Frederico Bussinger e atual presidente da entidade.



Caso de desvios nos presídios

• O Ministério Público investiga denúncias sobre entidades/ONG´s que administram presídios (tais com a APAC/ Associação de Proteção e Assistência ao Condenado). Na gestão Alckmin, estas entidades teriam cometido crimes como o faturamento de serviços não realizados, a distribuição de alimentação para presos que estavam soltos e a compra de automóveis com recursos de convênios. Estima-se que os desvios foram da ordem de R$ 30 milhões.

• Principal envolvido:

Nagashi Furokawa: ex-secretário de Administração Penitenciária do governo Alckmin.



Caso Instituto Japi/Terra da UVA

• O Instituto Japi/Terra da Uva é uma faculdade localizada no município de Jundiaí, pertencente à ex-Secretária de Educação do governo Covas, Sra. Rose Neubauer, e do Secretario de Comunicação do Governo Serra, Sr. Hubert Alquéres, (atual diretor da Imprensa Oficial do Estado).

• Este Instituto recebeu do Estado de SP mais de R$ 600 mil para cursos de qualificação para professores da rede pública e mais de R$ 330 mil pra o Programa Escola da Família, sendo este último por dispensa de licitação.

• O fato de um secretário de Estado ser dono de uma instituição que recebe recursos do próprio Estado fez com que o Ministério Público do Estado abrisse investigação sobre os contratos. O sr. Alquéres foi afastado da Secretaria de Comunicação, mas continua na Imprensa Oficial do Estado.

Caso SPA Chan´tao

• O SPA Chan´tao é uma pousada pertencente ao acupunturista do ex- governador Alckmin, localizada na Serra do Japi, no município de Jundiaí.

• Neste SPA, durante o governo Alckmin, mais de 2.000 professores da rede pública estadual fizeram cursos de capacitação. As diárias dos professores foram pagas com dinheiro público pelos dirigentes da Secretaria de Educação através de cartão de débito do Estado.

• O filho do governador e a filha do acumpunturista eram sócios em uma empresa que vendia ervas medicinais, plantadas no SPA.

• Calcula-se que a Secretaria de Educação do Estado pagou ao SPA, aproximadamente, R$ 1,3 milhões (em valores corrigidos).

Caso Cursos Fantasmas de Formação do Trabalhador

• Auditoria da Controladoria Geral da União aponta o desvio de mais de R$ 230 milhões (em recursos federais), durante o governo Alckmin, para cursos de formação dos trabalhadores. Entidades contratadas pelo governo Estadual, na sua maioria, eram fantasmas.

Caso FDE/ Massafera

• O Tribunal de Contas do Estado apontou diversas irregularidades na licitação e na execução de obras em escolas estaduais contratadas pela FDE/Fundação para o Desenvolvimento da Educação.

• Estão envolvidas nestas irregularidades duas empresas da família do deputado estadual tucano Roberto Massafera.

• As empresas Massafera e Lacon, pertencentes a dois irmãos do deputado – Luiz Antônio e Carlos Eduardo – possuem 27 contratos com o governo paulista (na gestão Serra) que somam R$ 67,7 milhões. As empresas atendem no mesmo endereço na cidade de Araraquara, centro-oeste paulista, onde fica a base eleitoral do parlamentar.

• Há, até o momento, 10 contratos julgados irregulares pelo TCE, que alcançam o valor total de R$ 23,6 milhões. Existem ainda outros 4 contratos com indícios de irregularidades no valor de R$ 5,2 milhões.

Caso CTIS (relações do “mensalão do DEM ” com São Paulo)

• Muitos são os pontos de contato entre as empresas que operavam o chamado “mensalão do DEM e PSDB”, no Distrito Federal, sob o comando do governador Arruda,/Roriz e os governos Kassab e Serra, na prefeitura de São Paulo e no governo do Estado.

• A CTIS, uma das empresas do esquema e citada na CPI, tem contratos com os governos de Arruda/Roriz, Kassab e Serra para alugar computadores e periféricos para a educação.

• Os contratos da CTIS com o Estado de São Paulo, no governo Serra, somam mais de R$ 800 milhões.

• Envolvidos no esquema CTIS:

Martus Tavares, ex-ministro no governo FHC e ex-secretário de Planejamento no governo Alckmin.

Luiz Fernando Gusmão Wellisch, ex-secretario de Finanças no governo Kassab.

• Outras empresas envolvidas do cartel do setor de informática (Poliedro, Politec e Linknet) tem contratos com o governo do Estado de SP no valor total de R$ 150 milhões.

Caso Unirepro (relações do “mensalão do DEM ” com São Paulo)

• A Unirepro é mais uma empresa envolvida no ‘mensalão do DEM’, responsável por serviços de Xerox. Citada na CPI, mantinha contratos com o governo Arruda/Roriz no Distrito Federal e com o governo Serra em São Paulo.

• Os contratos com o governo paulista chegam a mais de R$ 36 milhões.

• Segundo denúncias, esta empresa seria responsável por desviar recursos para financiar a campanha de Roberto Freire (PPS) a deputado federal por São Paulo.

Caso Rodoanel – trecho sul

• Em abril de 2007, uma alteração no contrato de construção do Rodoanel – trecho sul - permitiu que as empresas contratadas recebessem o valor total contratado mesmo que a obra alcançasse um valor menor ao seu final.

• Como resultado, as empresas começaram a reduzir custos com vigas e pavimento.

• A queda da viga do rodoanel reflete os resultados desta economia. O pavimento asfáltico utilizado no trecho sul, diferentemente do pavimento rígido de concreto utilizado no trecho oeste, barateou em aproximadamente 30% o seu custo inicial, mas sua durabilidade também é bem menor.

• O Tribunal de Contas da União também apontou que várias pontes e viadutos que constavam do projeto da obra não foram realizados, tudo para reduzir o custo da obra e aumentar o lucro das empreiteiras.

• A imprensa publicou que a obra do rodoanel sul ficou em aproximadamente R$ 5,3 bilhões, mas segundo a auditoria do TCU a obra originalmente estava orçada em R$ 3,9 bilhões, um crescimento de R$ 1,4 bilhões, ou 35% frente ao preço projetado inicialmente.

• A obra também foi inaugurada inacabada e sem sinalização, para que o governador Serra pudesse apresentá-la antes de sair do governo. Este fato implicou na ocorrência de acidentes e na aplicação de multas irregulares .

Caso Rodoanel – trecho oeste

• O trecho oeste foi orçado inicialmente em R$ 339 milhões, preço este dado pelo consórcio Queiroz Galvão/Constran, vencedor da licitação em setembro de 1998.

• Com os vários aditivos contratuais, o valor subiu para R$ 576 milhões, ou seja, 70% a mais que os 25% permitidos pela lei.

• O valor total da obra atingiu R$ 1,3 bilhão, em razão de outros custos que encareceram a obra, como as desapropriações.

• Há indícios de desvio de dinheiro para contas no exterior, para superfaturamento da obra e das desapropriações, pelo ex-diretor do Dersa, Manfred Albert Von Richthofen, assassinado por sua filha, Suzane Richthofen, e pelos irmãos Cravinhos.

Caso da concessão de rodovias paulistas

• Em 2002, documentos de posse do MP confirmam a fraude na licitação do grupo Viaoeste (posteriormente CCR), que venceu a concessão da rodovia Castelo Branco. Houve um esquema entre o grupo que iria vencer e o que de fato ganhou o leilão.

• Essas práticas foram registradas em um contrato que exigia pagamento de mais de R$ 200 milhões a época (em valores atuais algo como R$ 400 milhões), pagos ao longo de 20 anos.

• Este esquema pode ter gerado um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão ao Estado, pois ele se estendeu para as outros 11 lotes de rodovias concedidas.

• Recentemente, o Ministério Público conseguiu a condenação desta prática na justiça.

• As concessionárias que operam as rodovias paulistas (Autoban, Viaoeste, Autovias, Intervias, Renovias, Ecovias, etc.) já tiveram um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões, obtido através da cobrança do pedágio mais caro do Brasil.

10/08/2009
MP quer bloquear novos bens de conselheiro do TCE-SP
O Ministério Público de São Paulo planeja pedir extensão do bloqueio de bens do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para todo o território nacional. Na semana passada, a Justiça paulista ordenou o arresto de ?bens e importâncias em nome ou benefício de Marinho existentes na Suíça?. O bloqueio do patrimônio do conselheiro do TCE no Brasil será pedido tão logo a Suíça envie documentos relativos à conta em instituição financeira de Genebra na qual ele teria quantia superior a US$ 1 milhão - o que Marinho nega categoricamente
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac416359,0.htm

07/08/2009
Ex-secretário de Transportes de SP tem bens congelados
Suspeita é a de que o dinheiro seja oriundo de pagamentos de propina da empresa francesa Alstom
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac415357,0.htm

25/06/2009
Suíça bloqueia suposta conta de membro do TCE de SP
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac392859,0.htm

Suíça pedirá contrapartidas para colaborar em investigação
País vai condicionar cooperação com o Brasil nas investigações sobre banqueiros do UBS e do Credit Suisse .
A Suíça pode ter flexibilizado seu segredo bancário, mas alerta que vai condicionar qualquer cooperação com o Brasil nas investigações sobre os banqueiros do UBS e do Credit Suisse, acusados em São Paulo por ter colaborado com lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações da Operação Kaspar e da Operação Suíça, mais de US$ 1 bilhão foram levados do Brasil aos bancos suíços.
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco344065,0.htm

18/12/2008
MP investiga contratos da Siemens com governo de SP
O Ministério Público Estadual investiga quatro grandes contratos entre a Siemens e o governo paulista. Agora, com a descoberta da Justiça alemã de dois brasileiros envolvidos em suposto esquema de propina, informações serão solicitadas ao Tribunal de Munique. As apurações em São Paulo são sobre possíveis irregularidades em contratos de construção da Linha 5 (Lilás) e da Linha 3 (Verde) do Metrô e de estação da Linha 4 (Amarela), além de fornecimento de trens para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os contratos somam cerca de R$ 1 bilhão.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac295772,0.htm

19/11/2008
MP abre 29 ações para apurar propina da Alstom em SP
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac280044,0.htm

04/07/2008
Caso Alstom: investigado fez doação a ex-secretário
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac200536,0.htm

01/07/2008
Offshore foi aberta a pedido da Alstom, afirma francês
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac198612,0.htm

26/06/2008
Suspeito no caso Alstom omite participação em empresa
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac196141,0.htm

25/06/2008
STJ abrirá sindicância sobre integrante do TCE
Suspeito de participação no esquema de pagamento de propina pela Alstom a integrantes do governo tucano paulista, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Robson Marinho, será agora investigado por uma sindicância no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação será aberta a pedido do Ministério Público Federal, que encaminhou um ofício a Brasília solicitando providências cabíveis sobre Marinho. Ele tem foro privilegiado por ser integrante do TCE
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080625/not_imp195425,0.php

20/06/2008
Propina iria para ''partido no poder''
Memorando de executivo da Alstom, de setembro de 1997, aponta também para TCE e Secretaria de Energia
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080620/not_imp192836,0.php

18/06/2008
MP investiga lobista ligado a ex-ministro no caso Alstom
O Ministério Público abriu nova frente na investigação sobre a suposta propina paga pela Alstom, multinacional francesa do ramo de energia e transporte, a integrantes do governo paulista e do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Trata-se do empresário José Amaro Pinto Ramos, por causa de sua grande proximidade com políticos do PSDB e seu trabalho de lobby a favor de empresas do setor energético e de transporte sobre trilhos, principalmente para estatais em todo o País. São os contratos da Alstom nessas áreas que estão sob análise de autoridades brasileiros e suíças
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac191667,0.htm

16/09/2008
Denúncia de petista rende 12º inquérito contra Alstom
O Ministério Público de São Paulo acatou representação do deputado Roberto Felício, líder da bancada do PT na Assembléia, e instaurou inquérito civil para investigar supostas irregularidades em contrato do Metrô com a Alstom do Brasil para obras e reformas do Centro de Controle Operacional da companhia. É o 12º inquérito instaurado pela Promotoria de Justiça da Cidadania da capital sobre contratos firmados pelo Metrô com a multinacional
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080916/not_imp242447,0.php

14/09/2008
Ex-executivo da Alstom teria confirmado pagamento de propina
Preso na Suíça, ex-executivo teria confirmado pagamento de propina a funcionários públicos no Brasil
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac241672,0.htm

10/09/2008
Investigação liga executivos da Alstom a propina
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac239242,0.htm

09/09/2008
Polícia revela nome do suíço que liderava corrupção na Alstom
Bruno Kaelin é acusado de ter participado de "gestão desleal, corrupção e lavagem de dinheiro
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac238326,0.htm

03/09/2008
PT-SP protocola projeto para sustar contratos da Alstom
A bancada do PT na Assembléia Legislativa protocolou dois projetos para sustar contratos supostamente irregulares do governo do Estado, assinados pelo Metrô e a CPTM, com a empresa Alstom e o consórcio Cofesbra, respectivamente. De acordo com o PT, os projetos de decreto legislativo (PDLs) visam dois contratos, um firmado em janeiro de 1995 entre a CPTM e o consórcio Cofesbra, e outro celebrado entre o Metrô e a empresa Mafersa (atual Asltom) em 1992
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger235786,0.htm

06/08/2008
PT agora quer investigação de contratos com Siemens
Os deputados estaduais do PT de São Paulo pedem ao Ministério Público a abertura de investigação sobre os contratos da empresa alemã Siemens com o governo paulista. Os petistas vêem semelhança entre o modo de ação dos alemães e o esquema de propina que a francesa Alstom está sendo acusada de exercer. A Justiça alemã acusa a Siemens pagar suborno a autoridades da Rússia, da Nigéria e da Líbia. Um dos ex-diretores da companhia contou aos magistrados alemães que houve pagamentos a autoridades do Brasil
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080806/not_imp218298,0.php

05/08/2008
PT pede para MPF investigar contratos do governo de SP
Partido quer apurar eventuais irregularidades em contratos entre o governo do Estado e a empresa Siemens
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac218068,0.htm

31/07/2008
Justiça investiga contrato do Metrô-SP com a Alstom
O maior contrato conquistado pela Alstom para fazer modernização de sistemas de sinalização e telecomunicações, assinado no dia 4 de julho com o Metrô de São Paulo, corre o risco de ser cancelado pela Justiça. A assinatura do documento de R$ 712,3 milhões ($280 milhões) ocorreu em meio a processo investigativo que envolve autoridades do Brasil, da Suíça e da França. A multinacional francesa é acusada de ter organizado esquema de corrupção para conseguir contratos públicos no Brasil entre 1995 e 2003.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac215077,0.htm

04/07/2008
Alstom fecha contrato de 280 mi de euros com Metrô-SP
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac200831,0.htm

01/07/2008
Contrato, mesmo sem licitação, ficou válido por 26 anos
O contrato Gisel (Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo) foi conquistado em 1983 pelo consórcio formado pela Alstom, Cegelec, ABB e Lorenzetti. Continuou a ser utilizado até 2006
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080701/not_imp198535,0.php

24/06/2008
Alstom girou US$ 31 mi em propina, diz auditoria
Parte desse dinheiro teria ido para integrantes do PSDB de São Paulo entre 1995 e 2003
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080624/not_imp194751,0.php

06/06/2008
Voto de Marinho beneficiou Alstom
Conselheiro do TCE derrubou parecer que considerava ilegal reajuste de contrato entre grupo francês e Eletropaulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080606/not_imp184955,0.php

05/06/2008
Alstom: conselheiro do TCE aprovou aditivo em 3 meses
A análise favorável de um contrato entre a Eletropaulo e a Alstom, em 2001, ganhou fama de ser uma das mais rápidas e o processo mais fino da história do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo. Normalmente, um processo de contratação demora, no mínimo, cinco anos para tramitar. Mas esse contrato para refazer o seguro de equipamentos com dispensa de licitação recebeu parecer favorável do conselheiro Robson Marinho em menos de três meses. Na época, os valores eram de R$ 4,8 milhões - atualizados para hoje, praticamente dobram.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac184348,0.htm

03/06/2008
Conselheiro do TCE foi à Copa da França bancado pela Alstom
Robson Marinho, ex-secretário do governo Covas, deu parecer no tribunal sobre contratos que envolviam empresa
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080603/not_imp182925,0.php

03/06/2008
Dono de empresa era secretário de tucano
Ex-secretário de Obras de Robson Marinho quando prefeito de São José dos Campos - em meados da década de 1980 -, Sabino Indelicato aparece nos documentos do Ministério Público da Suíça como dono de uma empresa que teria recebido parte do dinheiro das comissões pagas pelas empresas do grupo Alstom a brasileiros. Trata-se da Acqua Lux, Engenharia e Empreendimentos, localizada na cidade de Monteiro Lobato, de 3,7 mil habitantes, a 28 quilômetros de São José dos Campos
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080603/not_imp182929,0.php

31/05/2008
Offshore MCA concentrou 50% das propinas para tucanos, diz Suíça
Relatório indica que Alstom pagou comissão de 15% para obter contrato com Eletropaulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080531/not_imp181642,0.php

31/05/2008
Lei francesa permitia comissões
Uma lei francesa vigente até julho de 2000 permitia que empresas pagassem comissões a funcionários públicos estrangeiros como benefício para a conquista de contratos. A legislação previa até dedução do Imposto de Renda. Em 1997, a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), sugeriu que os países que a integram eliminassem essa prática.
Três anos depois, a França tornou ilegal o pagamento de suborno a autoridades estrangeiras
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080531/not_imp181619,0.php

31/05/2008
Esquema passava por empresas subcontratadas
Ex-funcionários contam caminho para pagamentos
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080531/not_imp181618,0.php

30/05/2008
Alstom teria pago propina a tucanos usando offshores
Seis empresas offshore, duas das quais controladas por brasileiros, teriam sido utilizadas pela multinacional francesa Alstom para supostamente repassar propinas a autoridades e políticos paulistas entre 1998 e 2001. Os pagamentos seriam feitos com base em trabalhos de consultoria de fachada.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac181222,0.htm

22/05/2008
Depoimentos reforçam elo entre caso Alstom e Brasil
A Justiça da Suíça tomou novos depoimentos que reforçaram evidências de um elo entre as suspeitas de corrupção da Alstom e eventuais esquemas de pagamentos de propinas no Brasil. Nos últimos dias, o Ministério Público em Berna ouviu uma série de pessoas que confirmaram a existência do esquema e decidiu pedir oficialmente colaboração da Justiça brasileira para investigar o caso e ampliar a devassa nos contratos da empresa francesa
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac176595,0.htm

19/05/2008
Caso Alstom entra no jogo de batalhas políticas do País, diz WSJ
Jornal diz que investigação envolvendo a empresa francesa tornou-se o foco das campanhas eleitorais de 2008
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac174989,0.htm

16/05/2008
MPF em SP também vai investigar caso Alstom
O caso Alstom também será alvo de investigação no Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo. O objetivo do procurador do MPF Rodrigo de Grandis, designado para este trabalho, é saber se a empresa de engenharia francesa cometeu os crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no Brasil. A Alstom já vem sendo alvo de investigação por parte de autoridades da França e Suíça e do Ministério Público Estadual de São Paulo, por suspeição de pagamento de propina para vencer licitações de compra de equipamentos para obras de expansão do Metrô paulista nos anos de 1995 a 2003.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac173938,0.htm

16/05/2008
Alstom vira parte em inquérito na Europa que apura propina
Empresa diz que entrada na investigação das denúncias permite ao grupo francês ter acesso à documentação
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco173785,0.htm

16/05/2008
PT liga caso Alstom a tucanos de SP
O grupo Alstom, segundo a pesquisa, fechou 139 contratos com o governo paulista, totalizando pelo menos R$ 7,62 bilhões. Nessa conta, com valores atualizados pelo IGP-DI, não consta a usina hidrelétrica de Porto Primavera, cujos equipamentos geradores e turbinas custaram aos cofres públicos pelo menos R$ 3,7 bilhões.
Um ex-diretor da empresa foi alçado em 1999 à presidência da CTEEP, então controlada pelo governo estadual
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080516/not_imp173640,0.php

15/05/2008
CTEEP não comenta acusações do PT sobre Alstom
Um dos focos da suspeição levantada hoje pela bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) de que a Alstom mantém relações, no mínimo controversas, com os governos tucanos em São Paulo, o diretor da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), José Sidnei Colombo Martini, não se pronunciou sobre o assunto. Em
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac173431,0.htm

15/05/2008
PT quer CPI sobre relação de governos tucanos com Alstom
Partido esperava contar com apoio do PSDB para comissão, o que foi descartado pelo líder do governo
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac173426,0.htm

06/05/2008
Alstom é investigada por pagar propina por obra em Metrô
Suíça investiga participação de pessoas ligadas à multinacional por corrupção e lavagem de dinheiro
http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid168167,0.htm

06/05/2008
Suíça investiga propina da Alstom em contratos no Brasil
Gigante de engenharia francesa teria pago US$ 6,8 milhões em propina para obter contrato em metrô de SP
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco168033,0.htm
PROPINAS DA SIEMENS
Ministério Público investiga contratos da Siemens no País
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081218/not_imp295724,0.php


Promotoria apura contratos com governo de SP
http://txt4.jt.com.br/editorias/2008/12/18/pol-1.94.9.20081218.1.1.xml

Alemanha pode colaborar com apuração sobre Siemens
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL927515-5601,00-ALEMANHA+PODE+COLABORAR+COM+APURACAO+SOBRE+SIEMENS.html

Siemens nega qualquer ação de suborno no País
http://txt4.jt.com.br/editorias/2008/12/18/pol-1.94.9.20081218.2.1.xml

MÁFIA DA SAÚDE
MP estima em R$ 130 mi fraude da máfia dos parasitas
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL927638-5601,00-MP+ESTIMA+EM+R+MI+FRAUDE+DA+MAFIA+DOS+PARASITAS.html

'Parasitas' sugam R$ 130 mi
http://txt4.jt.com.br/editorias/2008/12/18/pol-1.94.9.20081218.3.1.xml

Relator mira em firma de distribuição
http://txt4.jt.com.br/editorias/2008/12/18/pol-1.94.9.20081218.5.1.xml
Estado de S. Paulo - 30/10/2008
Polícia prende quadrilha que desviou R$ 100 mi da saúde
Mafia é responsável por fraudes em centenas de licitações nos principais hospitais públicos de SP, RJ e MG
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac269532,0.htm

Agência Estado - 31/10/2008
Operação Parasitas foi ação do governo de SP, diz Serra
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger270276,0.htm

O Estado de S. Paulo - 31/10/2008
Esquema que tirou R$ 100 mi da saúde tem 5 suspeitos presos
Grupo é acusado de fraudar licitações de hospitais públicos em São Paulo, Rio, Minas e Goiás
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081031/not_imp269992,0.php

O Estado de S. Paulo - 01/11/2008
Prefeitura de São Paulo tem contrato com 5 das 11 empresas
Cinco das 11 empresas fornecedoras de remédios e materiais hospitalares que estão na mira da Operação Parasitas mantêm contratos com a Prefeitura de São Paulo. Juntas, elas tiveram R$ 10,6 milhões empenhados (dinheiro reservado no Orçamento) desde o início da gestão, em 2005, quando o prefeito ainda era o governador José Serra (PSDB).
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081101/not_imp270573,0.php

quarta-feira, outubro 06, 2010

Pior do que está fica sim!



Como diria uma das Helenas do Manoel Carlos: "E tenho medo!"

sábado, outubro 02, 2010

Meu cartaz favorito de Maio de 68


Sempre que eu olho para ele lembro que na sociedade burguesa QUALQUER candidatura é voto útil

quinta-feira, setembro 02, 2010

tuitadas sobre acusações cretinas

1 jornalista escreve livro mostrando associação de filha do Serra com filha do Dantas e lado sujo (tem limpo?) das privatizações fernandinas

2 Reação do PSDB: dizer que Governo Lula fez dossiê ilegal, jogando cortina de fumaça sobre a realidade suja mostrada no livro de Ribeiro Jr

3 O Que a Receita Federal tem a ver com isso? Nada. Na receita existe uma máfia antiquíssima de vazamento de dados: por $$ e pra estelionato

4 Mais:

http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=6955

http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/o-escandalo-fabricado-como-em-2006.html?utm_medium=awe.sm-twitter&utm_source=twitter.com&utm_content=sociable-wordpress

http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/caso-da-receita-pf-e-midia-vao-agir-de-forma-republicana.html

segunda-feira, julho 19, 2010

Desabafo Quântico



Putaqueopariu!

O princípio da incerteza existe porque as partículas tem a sua posição determinada pela energia envolvida em qualquer tentativa de observação. Não porque a partícula precise de uma consciência a observando para que a sua posição seja determinada.

Parem de confundir a metáfora com a explicação positiva do fenômeno.

Mas já que gostam tanto de metáforas:
O que matou o gato do Schrödinger não foi o observador que abriu a caixa - e nem por deductio* ad absurdum Deus, Buda ou Tao - mas a luz que entrou na caixa.



*Eu quiz dizer deductio mesmo espertalhões, se eu quisesse escrever reductio, teria escrito reductio.

terça-feira, maio 04, 2010

18 Brumário dos Partidos Socialistas Genéricos Contemporâneos

"A revolução social do século XXI não pode tirar sua poesia do passado, e sim do futuro. Não pode iniciar sua tarefa enquanto não se despojar de toda veneração supersticiosa do passado. As revoluções anteriores tiveram que lançar mão de recordações da história antiga (Lênin? Trotski? Chê?) para se iludirem quanto ao próprio conteúdo. A fim de alcançar seu próprio conteúdo, a revolução do século XXI deve deixar que os mortos enterrem seus mortos. Antes a frase ia além do conteúdo; agora é o conteúdo que vai além da frase."

Karl Marx, em 18 Brumário de Luis Bonaparte, com atualizações de Otrão.

terça-feira, março 23, 2010

Ode a um julgamento FANTÁSTICO

(Favor imaginar uma melodia à lá Vitor e Leo)

Um anjinho sem asas
Que não sabia voar
Aquela rede rasgada
Transformou-a em popstar

Pobre, pobre Isabela
Ninguém mais lembra dela

A fachada daquele prédio
Foi toda redecorada
Uns abutres no ar
Outros esperando a entrada

Pobre, pobre Isabela
Nem a imprensa amarela

E sobrou reportagem piegas
Sobre a menina Anjinho
Os abutres deixaram o ninho
da mais nova Sininho.

Pobre, pobre Isabela
Seus pais estão numa cela

(Participou: srta. K)

sexta-feira, março 19, 2010

Pega!

Eu sempre achei que o Maluf tivesse cara de vilão do James Bond.

O nome do digníssimo Paulo Maluf (PP-SP) foi incluído na difusão vermelha da Interpol - a polícia internacional que mantém representação em 181 países. Veja aqui.

Como um tijolo.

Jornais tradicionais despencam em venda e leitores.
Daqui para frente, só com a ajuda do Paulo Renato e do Serra.


Na foto, Otávinho, da Falha de São Paulo, interroga por que Galileu não incluiu seu jornal no teste entre o Globo e o Estado sobre qual deles caía mais rápido.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Grande cagada


WATCHMEN II.


Em cinco palavras, o que eu penso disso:
grande pilha de bosta húmida.

Morra Dan Didio.
Morra.
Morra.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Pequeno drops de sabedoria

"Nunca antes na história deste país", uma obra monumental, realizada a partir da coleta de frases do Lula com comentários dispensáveis de Marcelo Tas, deve ser perfeito para essa classe média analfabeta funcional que se engana achando que é mais inteligente e culta que o Lula.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Releitura é tudo



Para quem quiser ver o original, está aqui.
Mas eu gostei mais desse.

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Tudo acontece para que haja equilíbrio no Universao, não?

A Warner, uma produtora de filmes e desenhos mais maduros, como o Pernalonga, Tiny Toons, Animaniacs e Freakazoid, é dona da DC Comics que apesar, ou justamente por causa da Vertigo, se dá o direito de ter um universo de Super-heróis infantil - mesmo com a postura mais "sombria" das infinitas Crises recentes.

A Disney, uma produtora de filmes e desenhos mais infantil, como Mickey, Dumbo, Pequena Sereia e Incríveis, amanhã termina de fazer a aquisição da Marvel que tem um universo de Super-heróis mais maduro, ou como eu já o descrevi antes, mais adolescente: a questão não é quais temas são tratados, mas como são tratados.

Assim, depois dos loucos anos 90, apesar das inumeráveis cagadas saudosistas que vem fazendo com o Homem-Aranha - tentando torná-lo no século 21 o mesmo personagem que funcionou nos anos 60-70 - a Marvel conseguiu voltar a contar histórias sérias e verossímeis de aventura. Enquanto isso a DC, com exceção do que o Geoff Johns está fazendo com o Lanterna Verde (e só o que ele está fazendo com o Lanterna Verde), fica fazendo as mesmas cagadas saudosistas com TODOS os seus personagens. Vide o Batman de Grant Morrison, por exemplo.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Mage: the Awakening é um grande saco de merda humana, a mais fedorenta

Dei uma olhada no cenário do Novo Mage da White Wolf, na nova modalidade de World of Darkness. Os escritores conseguiram a façanha de retirar tudo que tinha de bom e manter tudo que tinha de ruim no antigo jogo. Em uma frase simples dá para resumir o nível da cagada: não há mais disputa de paradigmas de realidade.
Toda a Guerra da Ascensão e suas faccções tecnocracia, nefandi, maurauders e conselho dos nove, uma sensacional metáfora sobre o desencantamento do mundo e o domínio da racionalidade instrumental sobre as forças criativas do ser humano, foram substituidas por uma guerra ancestral de ordens com nomes gregos com... advinha? advinha?
Uma bobagem erick-von-danickeniana de terra primordial atlante de onde toda a magia vem, na qual ums tais magos ancestrais orgulhosos e misteriosos chamados Exarcas tentam interromper a conexão das forças místicas de criação do universo com a dimensão terrena. Uma babaquice neo-platonica metafísica alienante no lugar de um dos melhores cenários de RPG já pensados, emancipatório até. Religião no lugar de filosofia. Certezas no lugar da ambiguidade.
Um exemplo dramático, para tornar mais concreto meu comentário acima: Arete (virtude, no sentido aristotélico) foi substituída por Gnose (revelação da verdade espiritual, no sentido da heresia cristã).
E do ponto de vista da jogabilidade, aquele sistema de regras que estimulava a criatividade na produção de efeitos de alteração da realidade foi substituído por uma pálida sombra da improvisação anterior, que se baseia muito mais nos rotes do que antes, como se fossem encantamentos prontos.
Foda-se Bill Bridges.
Mage agora é mais um jogo de D&D. Por que não muda para o sistema D20?

sexta-feira, outubro 09, 2009

one more moore

Eu estou realmente ficando de saco cheio de anarquistas que conforme envelhecem, mais saudosistas ficam, mais bundões ficam. Mais moralistas ficam.
Os sinais aqui, porém, são contraditórios: há o mau humor do moralista, mas há o aceno para uma volta revoltada invertida aos squatters e quem sabe ao luddismo. Carta do povo? Não deu certo, criou o partido trabalhista. Algo de novo no ar? Ou só mumbo jumbo opiáceo?
Alías, o X-box de alguém ainda funciona? Dava um filme: "A volta dos x-box desmortos".

terça-feira, outubro 06, 2009

Materialismo Histórico

Isso é que é a tal da praxis?

terça-feira, setembro 01, 2009

Terminator: the named bull chronicles


"Estamos vivendo hoje um cenário totalmente diferente daquele que existia em 1997, quando foi aprovada a Lei 9.478, que acabou com o monopólio da Petrobras na exploração do petróleo e instituiu o modelo de concessão.

Naquela época, o mundo vivia um contexto em que os adoradores do mercado estavam em alta e tudo que se referisse à presença do Estado na economia estava em baixa. Vocês devem se lembrar como esse estado de espírito afetou o setor do petróleo no Brasil. Altas personalidades naqueles anos chegaram a dizer que a Petrobras era um dinossauro – mais precisamente, o último dinossauro a ser desmantelado no país. E, se não fosse a forte reação da sociedade, teriam até trocado o nome da empresa. Em vez de Petrobras, com a marca do Brasil no nome, a companhia passaria a ser a Petrobrax – sabe-se lá o que esse xis queria dizer nos planos de alguns exterminadores do futuro."

Aqui a íntegra do discurso de John Connor.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Política de conciliação

Eu pessoalmente, apesar de não ser fumante, sou a favor do cigarro como forma de prazer. Tá certo que posso ser chamado de parcial, já que sou fumante passivo. Mas sou contra delação.

Parece-me haver algo de profundamente errado nesta caça às bruxas de nicotina, uma vez que a lei que instituiu as multas para os estabelecimentos com locais de acesso público depende em grande medida da ação dos dedos-duros e alcaguetes da cidade de São Paulo. Gente que tem estupores por causa de um cigarro alheio mas anda de hilux - na verdade não anda, congestiona - infestando a cidade com diesel.

Compreendendo, porém, o direito que os não fumantes têm de não serem passivos e se privarem desse prazer em particular que só a convivência com fumantes ativos lhes proporcionaria, proponho uma solução de conciliação:
Sugiro que todos os fumantes do Estado de São Paulo, TODOS, apaguem seus cigarros de uma só vez, no cu de José Serra.

terça-feira, junho 16, 2009

Autoritarismo liberal na USP

A caça aos subversivos dentro da USP construiu uma geração de gestores autoritários que impediram uma mudança real nos seus estatutos. Esta cultura ditatorial do autoritarismo e do medo criou uma burocracia desapegada do sentido político da Universidade. Por Uiran Gebara da Silva

Rios de tinta e florestas inteiras na forma de celulose já foram gastos para explicar o autoritarismo da sociedade brasileira. E os eventos recentes na Universidade de São Paulo e a reação de alguns setores da sociedade e, principalmente, da mídia paulista, só podem ser entendidos sob esta perspectiva.

Há um paradoxo nos eventos recentes na Universidade de São Paulo. Dia 09 de junho de 2009, uma terça-feira, a Polícia Militar designada pela reitoria para operar uma suposta reintegração de posse reprimiu estudantes, funcionários e professores da instituição. O paradoxo está no fato de que, durante todo o período da ditadura militar, uma repressão policial como esta ocorreu uma única vez: na expulsão da FFCL [Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras] do prédio da Rua Maria Antônia. Como é que num período claramente afirmado como democrático pela mídia oligárquica (pois não há grande mídia, há uma oligarquia midiática com monopólio da televisão e dos jornais impressos) um choque destas proporções acontece?
(...)
Opa! Continua no passa-palavra. Aliás, conheçam este jornal.

terça-feira, junho 09, 2009

Tucanaram os maluquinhos

sábado, maio 16, 2009

Ninguém se enganou não!

Folha de São Paulo, em 30 de março de 2008:

"A verdade: em 1974, Simonal foi condenado por surra dada em um contador. No processo, levou como testemunha sua um detetive do Departamento de Ordem Política e Social do Estado da Guanabara. Ele assegurou que o cantor era informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do 1o Exército, jurou que o réu colaborava com a unidade. O juiz sentenciou: Simonal era ‘colaborador das Forças Armadas e informante do Dops’. Em 1976, acórdão do Tribunal de Justiça do RJ reafirmou a condição de ‘colaborador do Dops’. Não foram inimigos que inventaram a parceria com o regime, exposta sem reservas pelos amigos de Simonal, que se dizia ameaçado por gente ligada ‘a ações subversivas’ ".

Vamos parar de fingir que a Ditadura Militar não foi uma coisa feia. Wilson Simonal não deve ser menosprezado como músico porque era delator. Mas Fingir que ele não era delator, é muito errado. É maquear a memória para vender discos e filmes. É tornar um dedo-duro um mero fanfarrão, que se atrapalhou todo com seus "amigos" policiais. É a mesma coisa que esquecer Auschwitz. A mesma coisa.

terça-feira, abril 07, 2009

Eu fui mais ameaça ao Delfim que a Dilma

O Nosso Atentado

Delfim Neto. Eu confesso: iríamos fazer uma ação contra o grande cortador de bolos do Regime militar. Era um dia ensolarado, seco. Nos reunimos na Ágora, lembro de ter sido avisado pelo Lambão da reunião. Estavam lá: Baleia, Lambão, Onça, Hellmans, Mourinho e eu. Se tinha mais gente, não recordo, não importa.

Tudo tinha de ser feito muito rapidamente. Delfim ia dar uma palestra na Faculdade de Economia e Administração. Tínhamos duas horas para preparar tudo. A proposta era atacá-lo rapidamente e em público para deixar claro o que o povo brasileiro pensava do sujeito. Onça foi quem conseguiu arranjar a munição, quase em cima da hora da palestra ele apareceu com o pacote.

Penetrar no anfiteatro, manter dois na porta, um de cada lado, garantindo a rota de fuga, enquanto os outros se posicionavam em meio à multidão, protegendo o pacote até a hora H, bem em frente ao palco, bem abaixo do sacana. Fui um dos que ficou na porta. Eu e o Hellmans. Baleia era o cara, Baleia assumiu para si a responsabilidade de atirar no Delfim. Onça, Lambão e Mourinho dariam a cobertura e protegeriam Baleia se algo desse errado.

Lembrando hoje, foi tudo muito tenso, as coisas difusas. Entramos no Anfiteatro lotado, a multidão esperando que os olhos de sabujo e a boca de buldogue do Delfim se pronunciassem sobre o momento econômico do país.
Havia muitas pessoas formadas em economia que o viam com bons olhos. Que respeitavam seu conhecimento, sua posição. Havia muitas pessoas carregando faixas e bandeiras, tentando esfregar na cara dele sua cumplicidade com o regime assassino e autoritário. Delfim, no entanto, já não era mais alguém ligado diretamente ao Estado.

Em seu discurso apresentou algumas críticas sobre os rumos recentes da economia brasileira em relação ao contexto mundial. Mas tudo isto pouco importava.
Estávamos todos na expectativa, prontos para cumprir nossa parte seguindo a ação de Baleia. O povo brasileiro queria redenção, pagamento, retribuição. A retórica e a ciência de Delfim. Sua voz empapada e arrastada, as palavras que eram paridas de seus lábios molengas não impediriam a nação de se regozijar na doce vingança nas mãos de Baleia.

Baleia se levantou, puxando o saco que envolvia a arma do crime e atirou o bolo de morango e glacê que passou 5 centímetros da cabeça de Delfim Neto. Cinco centímetros da cabeça de Delfim Neto. Fracasso. Fracassamos! Sem redenção, sem retribuição. Não seria hoje que o Brasil veria o carrasco submerso em vermelho e rosa açucarados. Os três no meio da multidão correram, Enquanto Hellmans e eu segurávamos a porta; corremos também.

Fugimos.
Perdemos.

Agora Delfim é novamente amigo do presidente e provavelmente nem se lembra do bolo que não chegou a levar na cara.
Será que a Folha de São Paulo algum dia vai falar de nós?

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Desopilação do fígado

de: Diretor Veja
para: Uiran Gebara da Silva
cc: Roberto Gerosa
data 26 de fevereiro de 2009 10:55
assunto RE: Como os corruptos ficam milionários na política
enviado por abril.com.br

Responder

Caro Uiran,

nao poderia haver maneira mais explicita de manifestar seu descontentamento com a newsletter. Tinha como certo, antes de comecar a faze-la, que so seria enviada
para quem proativamente pedisse para recebe-la semanalmente. Peco ao Roberto Gerosa, a quem copio, que informe a maneira mais rapida de descadrastar voce -- e, se
possivel, explique como ela chegou a sua caixa postal sem que houvesse sua manifestacao positiva a respeito.

um abraco,

Euripedes Alcantara
Diretor de Redacao
VEJA
From: Uiran Gebara da Silva [utran@ig.com.br]
Sent: Wednesday, February 25, 2009 8:34 PM
To: Diretor Veja
Subject: Fwd: Como os corruptos ficam milionários na política

---------- Forwarded message ----------
From: Uiran Gebara da Silva
Date: 2009/2/25
Subject: Re: Como os corruptos ficam milionários na política
To: Veja

POr que vocês não transformam este spam desta revista spam em um pinto de borracha e então o enfiam no cu do Euripedes Alcantara?

2009/2/20 Veja

QUINTA-FEIRA
19 de fevereiro de 2009

Eurípedes Alcântara
Diretor de redação


Caro leitor,

A extraordinária entrevista que o senador Jarbas Vasconcelos deu a VEJA repercutiu de diversas formas na semana que passou. Ao silêncio constrangido da cúpula do partido, que simplesmente se paralisou diante das revelações de corrupção feitas pelo senador, sobrepôs-se a indignação da sociedade brasileira. Quem melhor traduziu o sentimento das pessoas de bem foi um editorial de jornal, conforme registrou a Carta ao Leitor: "Ao comentar a repercussão da entrevista de Jarbas junto à cúpula do PMDB, o jornal O Estado de S. Paulo, em editorial, deu-lhe contornos definitivos: "Com sua murmurada resposta, o baronato partidário passou o proverbial recibo ao denunciante, elevando inadvertidamente os seus argumentos à categoria de constatação de uma realidade objetiva"."
Como não podia deixar de ser, apesar dos feriados do Carnaval, que teoricamente sugeririam um tema mais leve, a capa de VEJA trata desse "caso de amor" dos políticos corruptos com nosso dinheiro. A reportagem fala da repercussão da entrevista de Jarbas Vasconcelos e termina apontando alternativas práticas de efeito imediato para a contenção do assalto cotidiano aos cofres públicos nos níveis municipal, estadual e federal.

Uma emocionante reportagem relata como (bla bla bla) As Páginas Amarelas trazem a intelectual americana Camille Paglia, autora de livros instigantes como o famoso Personas Sexuais. (bla bla bla) A editoria de Artes & Espetáculos traz uma excelente reportagem sobre os novos escritores "regionalistas" do Brasil e explica por que eles não gostam dessa classificação (bla bla bla) Bem, esses foram os assuntos que escolhi para comentar. A revista tem muitas outras reportagens de enorme interesse. Basta conferir a versão original da newsletter com o índice completo neste link.

Se quiser mandar-me comentários, sugestões e críticas, por favor, use o endereço
diretorveja@abril.com.br

Um forte abraço, belo Carnaval para você e até a próxima semana

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Mais Barricadas na França

Aeeee, começou de novo. Na frança Greve Geral sempre é boa notícia de que os tempos estão mudando. Principalmente quando é a classe média - um milhao e meio de pessoas da classe média - que pára. começou na periferia em 2006, tá pegando no suburbio, se tudo der certo o Chacal mata o Sarkozy ainda este ano.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Política externa estadunidense.

domingo, janeiro 25, 2009

World of Warcraft

Crianças altistas provavelmente tem uma conexão wireless rodando WOW no lado esquerdo do direito do cérebro.

terça-feira, janeiro 13, 2009

J' accuse.


Todo o capital simbólico, que o Estado de Israel tinha por causa da triste história de perseguição ao povo judaico no Ocidente, finalmente se gastou com as ações recentes em Gaza. Não há nenhuma linha que separe as atrocidades que os nazistas (alemães, poloneses, franceses, pois o nazismo não foi exclusividade germânica, foi uma doença européia) cometeram contra os judeus daquela que Israel comete contra os palestinos há 30 anos. O uso de armas condenadas pela convenção de genebra é a gota da água que nos permite acusar Israel de genocídio ou etnocídio.
Não seja anti-semita, repudie a invasão de Gaza, a ação que mais estimulou o anit-semitismo desde o Mein Kampf.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Só quando o inferno congelar!

"Hoje, a legislação brasileira não permite nenhuma negociação. Mas é claro que flexibilizar não é retirar direitos. Porque ninguém vai retirar direitos. Ninguém deveria ousar propor retirar direitos. Esses direitos foram conseguidos em 150 anos de guerra. E de luta."

Vejam quem disse a passagem acima aqui.

O céu tá pingando fogo e o sertão virou mar.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Frederico Nietzsche


Nestas palavras, Frederico Nietzsche sintetiza a filosofia contida em todas as suas obras.

sábado, novembro 22, 2008

Ensaio sobre a Cegueira

(...)
Uma combinação entre sectarismo e oportunismo foi responsável pelo comprometimento da orientação política do novo partido, que o levou a perder a possibilidade de formação de um partido à esquerda do PT, que se aliasse a este nos pontos comuns e lutasse contra nos temas de divergência. O sectarismo levou a que sindicatos saíssem da CUT, sem conseguir se agrupar com outros, enfraquecendo a esquerda da CUT e se dispersando no isolamento. Levou a que os parlamentares do Psol votassem contra o governo em tudo – até mesmo na CPMF – e não apoiassem as políticas corretas do governo – como a política internacional, entre outras. Esta se dá porque o governo brasileiro tem estreita política de alianças com as principais lideranças de esquerda no continente – como as de Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia -, que apóiam o governo Lula, o que desloca completamente posições de ultra-esquerda – que se reproduzem de forma similar a dessa corrente no Brasil nesses países -, deixando de atuar numa dimensão fundamental para a esquerda – a integração continental.
(...)
Economistas da extrema esquerda continuaram brigando com a realidade, anunciando catástrofes iminentes, capitulações de toda ordem, tentando resgatar sua equivocada previsão sobre os destinos irreversíveis do governo, tentando reduzir o governo Lula a uma simples continuação do governo FHC, reduzindo as políticas sociais a “assistencialismo”, mas foram sistematicamente desmentidos pela realidade, que levou ao isolamento total dos que pregam essas posições desencontradas com a realidade. (...)
Confirmação desse isolamento e de perda de sensibilidade e contato com a realidade é que não se vê nenhum tipo de balanço autocrítico, sequer constatação de derrota da parte da extrema esquerda. Se afirma que se fizeram boas campanhas, não importando os resultados, como se se tratassem de pastores religiosos que pregam no deserto, com a consciência de que representam uma palavra divina, que ainda não foi compreendida pelo povo. (Marx dizia que a pequena burguesia sofre derrotas acachapantes, mas não se autocrítica, não coloca em questão sua orientação, acredita apenas que o povo ainda não está maduro para sua posições, definidas essencialmente como corretas, porque corresponderiam a textos sagrados da teoria
(...)

quarta-feira, novembro 12, 2008

Ad Inferos III - de Ludopedio

Coelhinho se eu fosse com tu
Mandava o Arnaldo
César por o apito no
Coelhinho se eu fosse com tu
Mandava o Arnaldo
César por o apito no
Coelhinho se eu fosse com tu
Mandava o Arnaldo
César por o apito no
Coelhinho se eu fosse com tu
Mandava o Arnaldo
César por o apito no
Coelhinho se eu fosse com tu
Mandava o Arnaldo
César por o apito no
Coelhinho se eu fosse com tu
Mandava o Arnaldo
César por o apito no
...

sexta-feira, novembro 07, 2008

A Redenção de Can

Não é patético o Pedro Bial insistindo em denominar o Obama de mulato, só para que sua consciência novecentista não tenha de lidar com o fato de que ele é negro.
E presidente.

Vômito contido.

Importante notar que o fim do mundo se avizinha, o Capitalismo entra em crise novamente (a primeira tragédia, a segunda farsa, já que desta vez TODOS os neoliberais correram para o colo do Estado em busca de regulação, e os que chiaram, respiraram aliviados no segredo de suas alcovas); e o movimento socialista cadê? E o movimento anarquista, cadê? Cadê os comunistas? Em nome da unidade do movimento de trabalhadores eu até estou reconsiderando meu anti-trotskismo, mas eles estão tão ocupados se aliando com o Arena em São Paulo, que acho que vou mudar de idéia.

Há um golpe político acontecendo a partir do poder judiciário, mostrando para o Metalúrgico conciliador que não vai ter conciliação. A possibilidade de se prendesse um dos grandes ganhadores e lucradores nas privatizações do FHC está fazendo - ante nossos olhos e ouvidos, ainda bem que não cheira - tudo aquilo que seu discurso mascara. Acusa o Estado de totalitário, quando o burguesão quase foi para a cadeia, e agora usa de todos os artifícios ilegais de investigação para tentar prender os investigadores.

Se eu fosse um fundamentalista do sul dos EUA acreditaria que a eleição de um homem negro para o cargo de maior poder no país, ainda a grande potência ocidental, é um claro sinal de que o fim está próximo. Mas como eu sou um comunista branco - e nunca fui racista! - digo que isso não significa nada porque ele é democrata e de direita. OU seja é a mesmas coisa que nem o Lula é igual o FHC. Diferente mesmo é e HH, porque ela é evangélica. E no sul, a Gerdau tá dando uma mãozinha.

O mundo está acabando. 2012 maia está aí, Kondratieff chutou uma grande depressão começando em 2009. A hora era agora! Aliás, já foi.

Putz.
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