sábado, setembro 30, 2006

Então é isso, sou aristotélico. Sempre me achei mais platonista, mas acho que era platonista só por preguiça.

Nerds contra-atacam.



Será que funciona com playboy motorizado?

terça-feira, setembro 19, 2006

Sobre o Dossiê Serra.

Em primeiro lugar, se o esquema de; abre aspas: sangue-sugas, fecha aspas; surgiu quando um vampiro seco era o ministro da saúde, porque não investigar? Em segundo lugar, por que comprar um dossiê que cedo ou tarde cairia nas mãos da PF? Terceiro lugar, se for quente, é quente, o Serra estará fodido. Se não for, não tá. simples. Quarto: eu juro que ainda não entendi o que que o Lula tem a ver com a história. É despero mesmo da burguesia paulistana? Que a mídia é serrista, nós já sabemos, mas quanta hipocrisia! A nossa classe média positrônica ainda consegue comprar esse discurso? Aliás, como é que essa classe média tacanha, leitora de Veja conseguiu formar opinião durante tanto tempo? Porque, de acordo com os analistas,(Franklin Martins, Caros Amigos) não tá formando mais, não.
E quer saber? Eu quero mesmo é que impugnem a candidatura do Lula! A esquerda não quer um ascenso das massas? Eu acho que isso consegue um, assim quem sabe o país sacuda de vez! Se isso acontecer, a direita partidária, a classe média paulistana e a burguesia brasileira finalmente vão conseguir chavinizar o Brasil.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Coisa de Velho

Uma coisa é a sensação de que Fernando Henrique Cardoso está Gagá. Devve ser resultado da súbita descoberta de que ele, um renomado sociólogo, presidente do país por oito anos, não conseguiu que a memória de si mesmo fosse glorificada como a do melhor presidente-político-pessoa-bacana do Brasil. Sobrou-lhe melancolicamente o papel ridículo de escrever sua biografia made in USA (dispensa-se o corolário, a piada pronta). Inconformado com a aceitação recebida pelo eleitorado dos desvios éticos do PT, inconformado com os rumos do PSDB ao escolher o Xuxuzinho contra Lula, escreve uma carta. "Carta é coisa de velho" alfineta o governador de São Paulo, Claudio Lembo. "Quando eu sair do governo, também vou escrever uma" prossegue Lembo. Ora, a Carta de FHC não é qualquer carta, é uma carta aberta ao PSDB - e o Lembo não é do PSDB. E nem deveria ser o Fernandão, já que a sua carta é uma tentativa patética de eximir-se da culpa da derrota vergonhosa do PSDB nessas eleições.

Os oito anos de governo nacional do PSDB, os oito anos de neoliberalismo desenfreado, privatizações vergonhosas, endividamento irresponsável e contas CCC mandando dinheiro para fora, os oito anos de CPIs mortas no berço, os oito anos de Viajando Henrique Cardoso, todos os oito anos só são engolidos a seco e com alegria, sem nem mesmo uma margarinazinha para ajudar, por essa classe média paulistana direitosa. Com todas as letras, essa pequena burguesia, pequena proprietária, pequena gerente do Capital. Advogados, médicos e engenheiros com seus escritóriozinhos. Diretorezinhos e gerentezinhos de bancos ou de empresas, com seus três carros na garagem para burlar o rodízio. É para eles que se endereça a carta velha de FHC. Uma carta tão velha que para fazer a contraposição às contraditórias imagens dançantes de Lula - entre um Getúlio nas ações e um Juscelino no sorriso - Fernandão evoca a única persona política de nosso passado nacional capaz de se opor tanto a uma quanto a outra fantasia retrospectiva de Lula, tanto ao paternalismo de GV, quanto a inserção de capital industrial estrangeiro de JK: Carlos Lacerda.

Impressionante como os homens do presente ao instrumentalizarem o passado recente o fazem de maneira hábil. Se a social-democracia lulista articula os 50/5 com o petróleo é nosso, enquanto deixa bancos e indústria felizes, enquanto fica satisfeito com o jogo no qual ganham todos e infla sua popularidade, rearranja-se no imaginário dentro do populismo - "a nuestra social-democracia".

Sobrou o que para FHC, paladino da globalização virulenta e desestabilizadora de qualquer estrutura econômica? O paladino do anti-populismo, o único liberal de verdade no cenário políco brasileiro, e sendo o PSDB o primeiro partido liberal de verdade no Brasil, por que não? Se fernandão quer ser o novo Carlos Lacerda, que seja. Só nos resta esperar que tenha de sair correndo do Brasil, fugindo da multidão furiosa, como o Lacerda verdadeiro.
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