terça-feira, junho 16, 2009

Autoritarismo liberal na USP

A caça aos subversivos dentro da USP construiu uma geração de gestores autoritários que impediram uma mudança real nos seus estatutos. Esta cultura ditatorial do autoritarismo e do medo criou uma burocracia desapegada do sentido político da Universidade. Por Uiran Gebara da Silva

Rios de tinta e florestas inteiras na forma de celulose já foram gastos para explicar o autoritarismo da sociedade brasileira. E os eventos recentes na Universidade de São Paulo e a reação de alguns setores da sociedade e, principalmente, da mídia paulista, só podem ser entendidos sob esta perspectiva.

Há um paradoxo nos eventos recentes na Universidade de São Paulo. Dia 09 de junho de 2009, uma terça-feira, a Polícia Militar designada pela reitoria para operar uma suposta reintegração de posse reprimiu estudantes, funcionários e professores da instituição. O paradoxo está no fato de que, durante todo o período da ditadura militar, uma repressão policial como esta ocorreu uma única vez: na expulsão da FFCL [Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras] do prédio da Rua Maria Antônia. Como é que num período claramente afirmado como democrático pela mídia oligárquica (pois não há grande mídia, há uma oligarquia midiática com monopólio da televisão e dos jornais impressos) um choque destas proporções acontece?
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Opa! Continua no passa-palavra. Aliás, conheçam este jornal.
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